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Harley-Davidson Electra Glide Screamin' Eagle

  • Danilo Cheid
  • 7 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

Recentemente, eu vi uma Harley Davidson Electra Glide Screamin' Eagle à venda no Brasil. Nunca tinha visto o modelo e, mesmo sendo amarela, uma cor que eu nunca gostei de ver nem em carros, nem em motos, achei a moto muito legal. Decidi, então, escrever esse texto sobre o modelo.

A Screamin' Eagle é uma submarca da própria Harley, famosa por oferecer peças de performance para os modelos da gigante americana, que iam desde filtros esportivos a remapeadores de injeção eletrônica, escapes e muito mais. No entanto, na época, os modelos denominados Screamin' Eagle, eram, na verdade, o que se chama agora de modelos CVO (Operação de Veículos Customizados). Ou seja, modelos oferecidos pela própria HD, com pinturas especiais, mais potência, escapamentos mais barulhentos, e tudo isso vindo de fábrica.

Oferecida em 2004 e 2005 (a partir de 2006, não se usaria mais Electra Glide Screamin' Eagle, e sim Ultra Classic Electra Glide Screamin' Eagle), a Electra, na sua versão Screamin' Eagle, oferecia um motor inédito de 1690 centímetros cúbicos (quase 1,7 litros).

Como (praticamente) todo motor da marca, era um V2, ou seja, 2 cilindros deitados em forma de V, mas, agora, tinha uma cilindrada aumentada (a Electra normal tinha 1450cc) para garantir uma potência e torque verdadeiramente esportivos.

A Electra Glide era a representante máxima de uma moto para viagens feita pela gigante de Milwaukee, e sua versão preparada pela Águia deveria manter suas características de viajante, mas ainda oferecer uma performance e pilotagens que fizessem os melhores pilotos quererem por os pneus da moto para gritar. Com um sistema de escape exclusivo e um Remap da Injeção Eletrônica, ela despejava 85 cavalos, que apesar de parecerem pouco, eram acompanhados de um torque de 13kgfm na roda traseira que chegava a apenas 2750rpm.

Essa potência extra era boa para arrancadas violentas no semáforo ou para simplesmente não precisar usar a primeira marcha para sair da inércia. Como uma boa americana, essa moto gosta de performance em linha reta e, por isso, fazia um quarto de milha em 13.09 segundos à 98.3 milhas por hora (158 kpm).

Em favor da performance e do estilo, a moto fazia algumas concessões. Ao invés da bolha alta do modelo padrão, a SE ostentava uma pequena bolha com 10cm de altura. O banco, para complementar o visual da moto, era mais baixo e fino, o fazendo menos confortável que o da Electra normal, mas ainda sim, era confortável o suficiente. Sua suspensão também era rebaixada, para dar um visual "sleek" e ao mesmo tempo melhorar a dirigibilidade, mas também cobrava seu preço no conforto. Mimos que o sofá sobre rodas esportivo oferecia na época incluíam rádio AM/FM e um tocador de CDs(sim, era 2004, afinal) e piloto automático, ambos itens ainda raros nas motocicletas atuais.

Como uma reportagem da revista americana Cruiser relatou na época, a motocicleta era mais fácil de manobrar em baixas velocidades que as suas irmãs Touring, mas possuía um problema. Em velocidades acima de 100 quilômetros por hora, atingir um buraco ou desnível grande faria a moto chacoalhar, algo que se tornaria pior caso se soltasse o acelerador no mesmo momento, mas que seria resolvido ao se abrir o acelerador no momento. Portanto, era uma moto potente e de pilotagem arisca, o que exige bons pilotos para realmente levá-la ao limite.

Uma gigante, com seus 384 quilos (em ordem de marcha), é uma moto confortável e ao mesmo tempo rápida (para os padrões das motos Custom e Touring, claro), divertida nas retas e até nas curvas, para quem quiser se aventurar. Com apenas 3200 unidades, era relativamente exclusiva, mas com uma extensa lista de modificações, um motor exclusivo e peças de grande qualidade, custava quase 30 mil dólares na época, o que, para muitos clientes, valia a pena.

Especificações

Preço sugerido de venda(na época): 26.595 dólares(27.095 na Califórnia)

Garantia: 24 meses, quilometragem ilimitada

Motor: V2, 45 graus, arrefecido a ar, com duas válvulas por cilindro

Volume do motor: 1690cc (1.69 L), 92,25 mm(curso) e 110,8mm(pistão)

Alimentação: Injeção Eletrônica

Transmissão: 5 marchas

Peso em ordem de marcha: 384kg

Entre-eixos: 1,6m

Altura do Assento: 68,9cm

Pneu Dianteiro: MT90B16 Dunlop/Harley D402F tubeless (sem câmara)

Pneu Traseiro: MU85B16 Dunlop/Harley D402 tubeless (sem câmara)

Freio Dianteiro: 2 discos de 29cm, e pinça com 4 pistões

Freio Traseiro: 1 disco de 29cm, e pinça com 4 pistões

Tanque: 18,9L

Consumo médio: 15km/L

Quarto-de-milha: 13.09 segundos à 98.3mph (158kpm)

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© 2017 por Danilo Cheid

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