A SUZUKI KATANA NO MERCADO BRASILEIRO
- Danilo Cheid
- 22 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

Há mais de um ano, existem especulações no mercado brasileiro sobre a vinda da Suzuki Katana de nova geração.
O modelo que surgiu nos anos 80, sendo extremamente revolucionária, com seu visual futurista e mecânica bem esportiva, ela teve uma vida de quase duas décadas, desaparecendo em 2006.
Com essa nova onda de motos retrô, o modelo foi apresentado internacionalmente em 2018, passando a ser vendida logo em seguida. Essa mesma onda chegou com força ao Brasil nos últimos anos, especialmente com modelos da Triumph, Kawasaki, Ducati e Royal Enfield.

Com isso, surgiu a dúvida se a Suzuki teria interesse em trazer sua esportiva retrô para o mercado tupiniquim. O modelo possui a mesma mecânica da GSX-R 1000, sua superbike, apenas o amansando para 150 cavalos (à 10.000 RPM), o que ainda é uma ótima marca.
Com um pacote recheado de eletrônica, motor quatro cilindros em linha potente e visual retrô, o modelo tem tudo para atrair os corações dos motociclistas que eram jovens na década de 80, e podiam apenas sonhar com modelos do tipo, que não existiam no Brasil, graças à proibição de importações.
Isso faz com que a Katana seja uma excelente concorrente para a Kawasaki Z900RS, modelo naked retrô com motor quatro cilindros que é vendido no Brasil.


Com um lindo visual, motor que cai bem no gosto brasileiro e pegada retrô (que faz muito sucesso hoje em dia), por quê a Suzuki do Brasil não a traz para cá?
A Suzuki do Brasil, representada pela J. Toledo, sempre foi alvo de muitas críticas. Atualmente, seu grande problema é a falta de atualização de seus modelos, além de mais competição em diferentes categorias.
Certas linhas como a V-Strom foram recentemente atualizadas no Brasil, já que o mercado de Big Tails anda em alta. Já na linha de Scooters, sua única representante é a Burgman 650 Executive, que possui um preço alto e não recebe grandes atualizações há tempos, sendo basicamente o mesmo modelo há anos.


A mesma coisa se repete com sua linha Custom, na qual a Suzuki só possui à venda a Boulevard M1800R, modelo que também está desatualizado há tempos. Tudo bem que há certo mérito em ainda possuir um modelo Custom, já que a Honda e Yamaha já abandonaram esse mercado. Mesmo assim, sua participação poderia ser melhor.

Curiosamente, sua linha mais atualizada é exatamente a que participa a Katana, ou seja, a linha esportiva. Modelos como a superesportiva GSX-R 100A/R e a Sport tourer GSX-S 1000F foram recentemente atualizadas, em consonância com o que é vendido lá fora.
Falta então, talvez, uma maior coragem da J. Toledo em apostar em modelos retrô, um mercado ainda bem quente, tanto no exterior, quanto no Brasil.



Comments